O trabalho de combate e repressão ao uso de drogas teve impulso com a realização das campanhas de conscientização feitas pelo Conen - Conselho Estadual de Entorpecentes, entidade ligada à Secretaria da Justiça e de Direitos Humanos. Além disso, a Policia Militar do Piauí (PMPI) mantém o Proerd - Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência. Mais oito entidades terapêuticas atendem dependentes químicos e auxiliam as ações governamentais.
Esse trabalho é algo a ser copiado no estado do Rio de Janeiro, sofremos com essa doença e precisamos buscar meios cada vez mais efetivos no combate e tratamento da dependência química.
O Connen realiza seminários, palestras e convênios com as entidades que atendem a dependentes químicos, visando a redução do uso de qualquer tipo de entorpecentes. A entidade é responsável pela realização do maior evento de combate às drogas no Estado: a Semana Nacional Antidrogas, que ocorre simultaneamente em todos os estados brasileiros, no período de 19 a 26 de junho. O evento congrega órgãos públicos, entidades sociais e as comunidades, com ações de conscientização da sociedade sobre os efeitos nocivos das drogas.
Para o secretário da Justiça e de Direitos Humanos, Henrique Rebêlo, a realização da Semana Nacional Antidrogas é uma ação importante para o combate e repressão ao uso de entorpecentes no Piauí.
Proerd - O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, coordenado atualmente pelo capitão Baltasar, é um programa preventivo que trabalha com crianças que estão na 4ª série do Ensino Fundamental. Segundo o militar, é nesta fase da vida que se tem as primeiras experiências, oportunidade em que os alunos são preparados para dizer não às drogas.
A campanha dura cerca de um período escolar (seis meses), utilizando 17 lições que trabalham com a solidificação da cidadania e a auto-estima. Um policial é selecionado dentro da corporação, onde passa por um curso com padrão internacional. Depois desta fase, ele vai ministrar o programa nas salas de aula.
O programa foi iniciado no Piauí em 2003. No final do mesmo ano contava com 2.715 formandos. Este ano, a meta é chegar a 5.715. Em cada período, o programa é finalizado com a realização de festa, contando com a presença dos familiares dos alunos e autoridades da área, ocasião em que há a entrega de certificados.
Comunidades terapêuticas - O trabalho das comunidades terapêuticas é importante para conscientizar os viciados a abandonarem as drogas. O coordenador da Fundação da Paz, Luís Alberto, é um exemplo das comunidades terapêuticas. Ex-interno do sistema penitenciário, ex-viciado e após oito anos de terapia, ele está recuperado. Tornou-se coordenador de uma das fazendas da Fundação da Paz: Flor de Maria, que abriga e trata dependentes químicos.
No Piauí, existem oito entidades filantrópicas voltadas para o combate às drogas e que se dividem entre comunidades terapêuticas: Fundação da Paz, Comunidade Betesda, Sítio Reviver e Oficina da Vida; e grupos de apoio: Centro Dialogu, Amor Exigente, Centro de Atendimento Psico-Social de Teresina e Alcoólicos Anônimos (A.A).
A Oficina da Paz abriga cerca de 70 internos e conta com a ajuda de 25 voluntários divididos entre terapeutas, médicos, assistentes sociais e leigos. Há a conscientização com terapias de grupo, estudo dos 12 passos do A.A., relaxamento, acupuntura e desintoxicação através da laborterapia.
A Oficina da Vida atende 26 internos e conta com a colaboração de quatro voluntários, entre coordenadores, cozinheiros, psicólogos e psiquiatras. O tratamento é feito à base de terapia espiritual, ocupacional e psicossocial. Dura cerca de dez meses, período dividido em três fases. A primeira é responsável pela desintoxicação e mudança de hábitos, a segunda, em experimentar mudanças, e a terceira cuida da reabilitação social.
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