SÃO PAULO - O Instituto de Criminalística de Campinas (IC) identificou pela primeira vez no estado de São Paulo uma nova droga sintética, o MCPP, um comprimido que é similar ao ecstasy. A droga chegou ao IC no começo do ano com suspeita de ser o ecstasy, e, segundo a perita do órgão, Silvia Cavenaze, os testes mostraram que não se tratavam de ecstasy. MCPP são comprimidos de cores vibrantes, como verde limão ou rosa, e provocam sintomas semelhantes ao do ecstasy, como estímulo do sistema nervoso central, que dá a sensação de euforia, podendo provocar alucinações.
De acordo com o farmacêutico Rafael Lenaro, a droga ainda não é proibida em alguns países da Europa e, por isso, os traficantes podem estar usando o MCPP para não serem punidos. Desde o começo do ano, a droga foi apreendida em 10 cidades da região de Campinas. A apreensão que mais chamou a atenção foi em Piracicaba, onde a droga estava na bolsa de uma criança de 11 anos, que estava na escola.
- Os riscos para os usuários são intoxicações, sem eles saibam qual substância a provocou - alerta Silvia Cavenaze.
Como não faz parte da lista de entorpecentes da Organização das Nações Unidas (ONU) e nem da relação de substâncias controladas em outros países, a droga tem sido vendida como ecstasy sem que vendedores ou consumidores tenham de responder legalmente por isso. No Brasil, a Polícia Federal ainda está realizando testes com a droga. Atualmente, quem for pego com esses comprimidos será autuado por distribuição de substâncias tóxicas.
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