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quinta-feira, 27 de setembro de 2012


Pão Diário 28 de Setembro


A certa altura da vida fiz um curso de licitações e passei a exercer as atividades de pregoeiro ou leiloeiro, aquele que dirige um leilão. Pois bem, numa ocasião fui designado para elaborar um leilão de automóveis antigos. Lembro-me de que não eram simplesmente carros velhos, mas antiguidades muito valiosas para colecionadores.
            Tivemos a participação de colecionadores de todo o Brasil. O que mais me chamou a atenção naquele dia foi um jovem empresário, que chamarei de “ajuntador”, que me impressionava pela obsessão de querer comprar todos os jipes antigos. Quando alguém dava um lance, ele o aumentava e arrematava aqueles veículos por valores altíssimos. Após o evento, perguntei-lhe o motivo de tanto amor pelos jipes velhos, e ele me respondeu: “Meu amigo, quando eu era pequeno, meu pai tinha um lindo jipe. Ele me proibia de tocá-lo. Fiquei durante anos apreciando aquele jipe. Meu sonho era provar ao meu pai que eu também podia ter um veículo daqueles. Hoje sou grande, não preciso do meu pai, e já tenho dezenas de jipes em minha garagem. Todos recuperados e originais”.
            Ao término de todo o processo licitatório, eu não estava impressionado com os altos valores arrecadados, mas perplexo com a atitude daquele “ajuntador”, um homem cujo tesouro era composto de jipes.
            Assim como o ajuntador de jipes, existem pessoas cujo coração está nos times de futebol, no trabalho, nos estudos, nos bens, no dinheiro, nas ações, enfim, em coisas. Jesus, porém, nos adverte contra nossa tendência natural de acumularmos tesouros desse tipo, que em pouco tempo se perderão. Ele aponta para valores eternos, muito mais dignos do nosso esforço.
            Possivelmente tenhamos de mudar nossa forma de viver e fazer como Jesus: em vez amar coisas, amar nosso semelhante e usar as coisas para boas finalidades. – DMS
Precisamos guardar bons tesouros. Qual é o seu?

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