Pão Diário 10 de Outubro
A pergunta é séria. Deus poderia ter
perguntado: Caim, por que você matou o seu irmão? Todavia, o que interessa aqui
não são os sentimentos de Caim e sim o convívio com seu irmão. O que
impressiona é que os dois prestam culto a Deus – e isso acabou sendo a
motivação para Caim cometer o crime. Eles se mostraram religiosos. Deveria ter
sido um impulso para viverem em paz, em harmonia, em concórdia. Mas resultou em
crime. E não é só isso: Caim até reconhece o seu erro. Ele declara: “Meu
castigo é maior do que posso suportar ... serei um fugitivo errante pelo mundo”
(Gn 4.13-14). Mas ele não se arrepende. Chega a ser assustador que a religiosidade,
que deveria ser o terreno do amor e da compreensão na sociedade, é chão de desavenças,
intrigas, inimizades e guerras. Por que existem tantas retaliações entre os que
se consideram cristãos? No caso de Caim, a causa estava no seu coração. E o
próprio Senhor Jesus confirma isso ao declarar: “Do interior do coração dos
homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os
homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a
inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro
e tornam o homem impuro”. (Mc 7.21-23). E os homicídios continuam em ritmo
crescente. Membros de igrejas vivem se hostilizando e acham que estão prestando
um serviço a Deus. Enquanto isso, o sangue de milhares, como o de Abel, clama
da terra e Deus pergunta: “Onde está seu irmão?”. É hora de dar atenção ao
apelo de Isaías 55.7: “Que o ímpio abandone o seu caminho, e o homem mau, os
seus pensamentos. Volte-se ele para o SENHOR, que terá misericórdia dele.” – HM
Religiosidade
não basta.
É preciso
vida nova.

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