Saul e Jônatas
já estavam mortos, mas Davi recordou-se de que havia dado sua palavra de
amizade a Jônatas. O próprio SENHOR era testemunha desse pacto que selaram,
inclusive envolvendo as suas descendências (1Sm 20.42; 23.18). Por isso ele se
esforçou para ver se encontrava alguém da descendência de Jônatas a quem
manifestar bondade. Que coisa incrível e bonita! Ninguém lhe cobraria isso,
pois talvez nem mesmo alguém soubesse de suas promessas ao amigo, mas Davi
honrou sua palavra, mesmo Jônatas já tendo partido. Assim, Davi encontrou o
filho de Jônatas, Mefibosete, alguém que não era valorizado pela sociedade da
época por ter problemas nos pés. Mas Davi não olhou para o fato de aquele homem
ser alguém desprezado e não ter posição na sociedade; o que importava era a
oportunidade de honrar seu amigo por meio do seu filho, a quem Deus havia
preservado a vida. Talvez você ache estranho procurar alguém para demonstrar
bondade, mas Davi considerou aquilo com sabedoria e não deixou a oportunidade
passar; na realidade, assumiu-a como sua obrigação na posição em que se
encontrava.
A atitude de Mefibosete também chama
atenção. Mesmo sendo da linhagem real, agiu com reverência diante de Davi.
Talvez pudesse ter exigido direitos, mas não o fez, apresentando-se como servo.
Davi lhe restituiu todos os bens que pertenciam a Saul, além de colocá-lo junto
á mesa das refeições, tratando-o como um filho do rei. Davi não tinha essa
obrigação com Mefibosete e não receberia nenhuma gratificação pela ação, mas
ele soube demonstrar de forma prática o amor ao próximo. Ele não se limitou a
falar: foi além, mostrando que verdadeiramente era um homem íntegro e generoso.
O mundo de hoje necessita de indivíduos que cumpram sua palavra e manifestem
misericórdia com o próximo, ainda que não haja quem cobre por isso. – MZK
O caráter cristão nos impele a agir com bondade
em relação ao próximo.
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