Preparo da terra, plantio de matéria-prima, manufaturação, estocagem, estratégia de distribuição, entrega, venda, controle de consumo, retorno de capital, investimento e marketing, suborno, investimento do capital, lavagem do capital e outros. Isso não é só tráfico de drogas. É um negócio, e como tal deve ser combatido.
Operações policiais com prisões de traficantes tem sido constantemente realizadas, porém os traficantes e drogas continuam dando as cartas e determinado o que pode e o que não pode ser feito diretamente para um parte de população. E indiretamente para a maioria, mostrando a que hora, quando e por onde se deslocar, se divertir etc.
Vi em um debate sobre violência o secretário nacional de Segurança dizer que não sei aonde existe um número relevante de polícias. Dizendo que a unificação das polícias pode ser uma faca de dois gumes, porque se uma polícia única entrasse em greve não se teria quem a substituísse. Parece o secretário não ter notado que as guerras entre facções se dá por causa da tentativa da unificação das facções não só no Brasil, mas no mundo.
Na Itália, o juiz Giovane Falcone convenceu a seus pares que se não se comprometesse o orçamento da Máfia de nada adiantariam a prisões até então feitas. Juntamente com alguns de seus pares, os quais lhe apoiaram em tal vanguarda, foi assassinado. Não sem antes, em uma manobra covarde, ter sido preterido para sua nomeação à Suprema Corte italiana.
Eu poderia, sem fonte de consultas, citar inúmeros exemplos iguais ao do nobre juiz italiano. Porém, na verdade, tento dizer que o combate ao tráfico de drogas é algo mais do que uma simples aventura a ser orquestrada por curiosos, policiólogos etc. Se os alvos do traficante são primeiro a criança, o adolescente, o jovem e por aí a fora, governos que primeiro não fazem o mesmo vão viver a prometer resultados fantasiosos, como tem acontecido não só no Brasil, mas no mundo.
O crescimento do poder e influência das drogas aconteceu a longo prazo, remonta ao surgimento da humanidade. Então, se governos e governantes se conscientizarem de que a divulgação de seus sonhos devaneios só os tem desgastado, pode ser que tenha chegado a hora do verdadeiro pontapé inicial para que algo com longa duração possa ser feito e nos permita o direito de se sonhar com dias melhores.
O modo errado como se tem conduzido o combate ao tráfico não tem sido privilégio só dos governantes brasileiros, mas do mundo. O flagelo do crack muito tem a destruir nosso jovens, principalmente do modo como tem sido encarado.
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